segunda-feira, 25 de maio de 2009

O ROCK À SOMBRA DE HANK MARVIN



Quem dos leitores saberia dizer qual é o maior guitarrista do rock clássico britânico? Nomes certamente não faltam nessa lista: John Lennon, George Harrison, Brian Jones, Peter Townshend, Eric Clapton, Jeff Beck, Jimmy Page, Richie Blackmore, Tony Iommi, Brian May, Mark Knopfler e por aí vai...
Com certeza é bem difícil definir qual é o melhor dentre tantos monstros sagrados. Mas fato é que nehum deles se tornaria o que se tornou se não fosse um sujeitinho magrela, desengonçado e que usa um óculos imenso, chamado Hank Marvin!



Fundada em 1958 por Hank Marvin e o amigo Bruce Welch, a banda The Shadows começou sob o nome de The Drifters, um conjunto de acompanhamento para um astro de renome, o hoje Sir. Cliff Richard (uma espécie de Roberto Carlos inglês). A parceria deu certo e eles, além de serem a banda de estrada do ídolo, também passaram a andar com suas próprias pernas.
No âmbito britânico, eles são uma instituição nacional, tão forte quanto Beatles ou The Who, e o mais impressionante de tudo é que ainda figuram na listas TOP 10 de vendas na Inglaterra, mesmo em tempos de downloads.



Seu ápice entretanto aconteceu no decorrer da década de 60, quando lançaram clássicos inesquecíveis do rock instrumental como: "Apache", "Wonderful Land", "Atlantis", "FBI", "Gerônimo", "The Rise And Fall Of Flingel Bunt" etc.
Contudo, sua influência não se limitou apenas às Ilhas Britânicas, mas tomou o mundo de assalto. Anualmente, em algum canto do planeta promove-se algum tipo tipo de encontro de fãs e shows-tributo. No Brasil mesmo, músicas de Hank Marvin e seus Shadows se tornaram uma constante no repertório de 9 entre 10 bandas da jovem guarda (basta ouvir discos antigos dos Incríveis, Jet Blacks, The Jordans etc). O próprio Rei Roberto Carlos (uma espécie de Cliff Richard tupiniquim) exigia que seus músicos seguissem o estilo The Shadows de tocar. Para tal, basta ouvir os discos que o rei gravou entre 1962 e 1966, onde as referências são gritantes.



Em 1996 foi lançado o cd "Twang!", um mais do que merecido tributo a Hank Marvin & The shadows, ao qual podemos ouvir reverências e mais reverências a tão importante referência do rock universal. Bem, o que dizer então de Ritchie Blackmore tocando "Apache" ou de Tony Iommy "riffando" o clássico "Wonderful Land", ou quem sabe, Brian May arregaçando a guitarra ao som de "FBI"? Imagine então juntar em um mesmo disco esses caras mais um monte de gente da envergadura de Mark Knopfler, Neil Young & Randy Buchman, Steve Stevens, Peter Frampton, The Police e tantos outros mais. Pois bem, o disco é isso!
Para se conhecer The Shadows, não é difícil! Basta ir a qualquer loja de cedês e pegar qualquer uma dessas coletâneas que, mesmo sendo aquelas picaretagens de gravadora, ainda sim são ótimas, pois dos Shadows não existe música ruim!



-----------------

Max Merege, além de ser fã de Shadows, ama bom rock instrumental e odeia picaretagens pretenciosas.

Nenhum comentário: