domingo, 30 de maio de 2010

TROLOLOLOLOLO



De um tempo pra cá, tem rodado pela internet um vídeo viral no qual um homem muito bem vestido, de cabelo ajeitado, sorriso doidão e uma presença no melhor estilo Silvio Santos, aparece cantando uma música sem letra, cuja melodia pega na cabeça de quem ouve. Trata-se do famigerado video do "trlolololo" ou "trololó", gravado em meados da década de 70 pelo barítono russo Eduard Anatolyevich Khil.

Eduard Khil foi um cantor de bastante renome na antiga União Soviética. queridinho do governo vermelho, cantava por toda parte, desde canções tradicionais até hinos nacionais e canções do Partidão.
Nascido em setembro de 1934, na cidade de Smolensk do Oeste (pertinho da Polônia e da Lituânia), Khil graduou-se em canto, aos 25 anos, pelo Conservatório de Leningrado. Fez um grande sucesso nas décadas de 60 e 70 cantando canções de Arkady Ostrovsky, Andrey Petrov e outros tantos. Entre 1977 e 1980, lecionou canto na Academia de Artes de são Petesburgo, e no meio da década de 80, aos poucos, sua carreira foi amornando. Não demorou muito e Eduard Khil mudou-se para França, tendo ido viver tranquilamente em Paris, onde montou seu próprio Caffe.


Seu reaparecimento na mídia eslava esboçou algumas voltas, dentre as quais quando passou a participar da banda de retro-pop de seus filhos, Prepinaki, na segunda metade dos anos 90. No entanto, foi somente no começo de 2010 que os holofotes se voltaram para sua pessoa, já que alguem, em algum canto do mundo, postou pelo youtube um video um tanto bizarro que acabou sendo batizado de "trolololo", uma onomatopéia para seu canto, já que a música era desprovida de letra.
Obviamente, a música nunca se chamou "trolololo", mas "Я очень рад, ведь я, наконец, возвращаюсь домой", o que em tradução livre quer dizer algo como "Eu estou muito feliz de poder voltar para casa", uma canção bastante popular no leste europeu.
Tamanho o sucesso que essa história de "trololololo" fez que uma turma de fãs pôs no ar um site onde pode ver e ouvir incessatemente o famoso vídeo e também assinar uma petição para que Eduad Khil faça uma tournée mundial. Segundo o próprio Khil, o sucesso do vídeo foi a maior e mais louca surpresa que ele ja teve em sua vida! Que venha logo para o Brasil e também dê as caras por aqui!



Site oficial: http://edhill.narod.ru/
(está todo em alfabeto cirílico, mas as fotos de época são ótima)

Fansites: http://trololololololololololo.com/ e http://eduardkhil.blogspot.com/

Um grande abraço a todos e até a próxima semana.


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Artigo originalmente publicado no Jornal Folha do Estado, Cuiabá-MT, domingo, 29/05/2010.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

DIO SANTO!


Domingo passado uma notícia tomou conta do meio roqueiro: o passamento de Ronnie James Dio para o outro lado da vida, vítima de um câncer no estômago. Foi um choque, não só para fãs, mas para todos aqueles que o respeitavam e admiravam sua carreira, pautada por uma estrada de mais de 50 anos. Tudo bem que o Iuri Simples já publicou algo a respeito por essas páginas, mas assim mesmo, não poderíamos ficar de fora, e assim mesmo vamos dar nosso recado, ainda que soe como uma Missa de Sétimo Dia, pois a coluna de hoje homenageia (ainda que singelamente) essa figura que foi e que sempre será Ronnie James Dio.

O Começo
Ronald James Padavona nasceu em uma pequena cidade perto de Boston, Estados Unidos, no dia 10 de julho de 1942. De origem italiana, foi criado dentro da religião católica, à qual aprendeu a questionar e criticar. Na música, começou ainda menino tocando trompa e trumpete na banda do colégio. Aos 15 anos junto-se a colegas de escola e formou a banda The Vegas Kings, que passaria por outros dois nomes diferentes: Ronnie & The Rumblers e Ronnie & The Redcaps; até finalmente se chamar Ronnie Dio & The Prophets, em 1962, quando pela primeira vez usou o nome artístico Dio, inspirado no mafioso Johnny Dio. Entre 62 e 67, À frente do The Prophets, como baixista e vocalista, gravou uma série de singles e um lp ao vivo. Apesar da qualidade precária das fitas já deterioradas pelo tempo, sua qualidade musical fica bastante clara, já que se tratava de um misto de rock primitivo com doowop (algo comum em artistas ítalo-americanos), um meio-termo entre Dean Martin, Dion DiMucci, Jack Scott e Roy Orbinson.

Dio, nos idos de 65

Em 1967, com a vinda do movimento hippie, Dio e o guitarrista Nick Pantas, formam a banda The Electric Elves e entram de cabeça no rock garageiro psicodélico. Em pouco tempo, a banda muda seu nome para The Elves e, finalmente, em 1969, passa a se chamar apenas Elf. Tocavam, além de um bom material autoral, clássicos do The Who (fase Tommy), Jehtro Tull e, é claro, a "War Pigs" do Black Sabbath. Tornaram-se a banda de abertura para o Deep Purple que, aliás, os apadrinhara de fato, já que em 1974 Dio participou como cantor no disco "The Butterfly Ball And The Grasshopper's Feat" do tecladista Roger Glover.

Rainbow
No entanto, em 1975, o guitarrista Nick Pantas, parceiro de Dio desde 1958, morre em um acidente automobilístico. No mesmo período, Ritchie Blackmore sai do Deep Purple para formar uma nova banda e para tal chama Dio e seus elfos remanescentes para começarem o Rainbow.
Sem titubear, de cara já lançam o primeiro disco, o que nos 4 anos seguintes se sucederia com mais 3 grandes albuns.

Black Sabbath
Por divergências artísticas, Dio sai do Rainbow. Na mesma época, Ozzy Osbourne também deixava o Black Sabbath. Por recomendação de Sharon Arden (atual Sharon Osbourne), filha do empresário da banda, Dio é chamado para preencher a vaga de cantor. Segundo o guitarrista Tony Iommi, a entrada de Dio causou uma reviravolta na casa, já que este tinha voz, técnica e atitude completamente diferentes de seu antecessor Ozzy, o que além de ser uma injeção de sangue novo, impulsionou a composição de material novo. Entre 80 e 82 fizeram dois discos de estúdio: Heaven And Hell e Mob Rules; e um excelente album ao vivo: Live Evil. O lineup Tony Iommi, Geezer Butler, Vinnie Appice e Ron James Dio, marcou pungentemente a história da banda, uma vez que foi com Dio que se popularizou o sinal dos "chifrinhos" com os dedos, já que Ozzy fazia o sinal de "paz e amor". Segundo o próprio, quem costumava fazer esse sinal era sua avó, para espantar "mau olhado".
No final de 1990, Dio voltou para o Black Sabbath e dois anos mais tarde lançaram "Dehumanizer", o mais bem sucedido disco da banda em muitos anos e que emplacou hits como "Time Machine" e "TV Crimes".

Dio
Em 1982, após deixar o Black Sabbath, Dio e seu colega de banda, o baterista Vinnie Appice, formam enfim o Dio, banda que tem nome o apelido de seu fundador. Durante um período de 25 anos, tendo apena Ronnie James Dio como integrante fixo, a banda tornou-se cultuada. Lançaram uma média de 25 discos, entre material de estúdio, ao vivo e coletâneas. Tocaram pelo mundo todo e inclusive fizeram até mesmo um disco metal para arrecadar fundos para ajudar na luta contra a fome na África. Aliás, o próprio dio sempre foi um sujeito engajado em causas sociais, já que ultimamente estava em uma campanha contra a exploração sexual de menores.

Heaven And Hell
Não fazia muito o Black Sabbath havia voltado com sua formação original: Tony Iommi, Geezer Butler, Ozzy Osbourne e Bill Ward. No entanto, a banda entrou em "férias" e Ozzy retomou sua carreira solo. Em A Rhino Records relançou um boxset com todos os discos da fase Dio e a banda, uma coletânea chamada "Black Sabbath: The Dio Years" para a qual a formação de 1980 se reuniu para gravar quatro músicas. A banda então seguiu mundo afora, mas desta vez sob o nome de Heaven And Hell, uma forma de homenagear o antológico álbum do Black Sabbath que apresentara Dio ao seu público. Tocaram inclusive pelo Brasil em 2009. Mantiveram-se firmes na estrada, até o último dia 5, quando Dio precisou ser hospitalizado.
O Final
Será que há?!

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Artigo originalmente publicado no Jornal Folha do Estado, Cuiabá-MT, domingo, 23/05/2010.

sábado, 22 de maio de 2010

THE NEDERBEAT, o Rock de Tamancos

The Shocking Blue


Certa vez, há mais de um ano atrás publicamos aqui uma matéria especial sobre o indo-rock, e por incontáveis vezes o famoso país das Terras Baixas foi citado por aqui.
Pois bem, hoje esta coluna volta novamente suas atenções para a Holanda já que, bem ou mal, o rock daquela área é uma constante em nossas vidas, haja vista sua influência em boa parte das coisas que curtimos, seja na música do eterno Nirvana, seja em algum filme do Tarantino.



RECAPITULANDO...

THE TIELMAN BROTHERS


O rock holandês nasceu de fato graças aos jovens de origem indonésia que, à sua maneira, combinavam o kratchang (um tipo de música regional indo-malaia) com o blues norte-americano de que eram fãs e muita surf music instrumental, para fazerem um tipo visceral de rock que só seria (re)descoberto pelo mundo nos tempos da internet e do youtube (vide o caso dos video-clipes dos Tielman Brothers).



THE NEDERBEAT

É claro que por lá existiam bravos rockeiros como Peter Koelewijn e as Melody Sisters, que faziam rockabilly em holandês, mas foram mesmo os bravos indonésios que literalmente fizeram o rock incendiar por aqueles prados. Já na metade dos 60, como a cena indo rock ia se enfraquecendo, as bandas passavam a ceder o talento de seus músicos para uma cena que então surgia, a Nederbeat, cujo epicentro se deu na cidade de Den Hague, de onde aliás, emergira a maior parte das bandas de indo-rock. No entanto, o grande difusor de toda esta cultura alternativa foi a radio Veronica, um rádio offshore que funcionava a partir de um barco ancorado há várias milhas da costa holandesa, e que rodava tudo o que as rádios legalizadas do continente não rodavam.
Dos nomes que mais se destacaram nesta cena, alguns nos são até bem conhecidos. A saber...



OUTSIDERS


Liderada pelo cantor Wally Tax, foi primeira banda da cena a alcançar alguma projeção fora dos Países Baixos. Emplacaram clássicos como Lying all the time, Keep on trying e Touch. Reuniram-se em 1997, após vinte e sete anos. Por diversas vezes, Kurt Cobain tentou encontrar-se com seu ídolo Wally Tax, mas por conta das agendas de ambos, isso nunca se concretizou. Tax morreu em 2005.





Q65


Figurinha fácil em todas as coletâneas de rock holandês, o Q65 ganhou notoriedade por seu som rápido, cru, preciso e extremamente bem trabalhado. Reunem-se frequentemente para tocar nos mais diversos lugares da holanda. Destaque especial para as músicas "The Victor", "I Despise You", "The Life I Live" e "Ann". São amados e respeitados pelas mais diversas correntes sonoras da Holanda, desde os irmãos Van Hallen até os psychobilly do Batmobille e dos Cenobites, passando pelo punk dos Bambix.



GOLDEN EARRINGS


Esta foi a primeira banda a emplacar nas paradas da Inglaterra e dos Estados Unidos, e continua na ativa até os dias de hoje. Começaram com o single "Please, Go" em '65, e sucederam com "That", "Dong Dong Diki Digi Dong" e outras tantas. Nos anos '70, "Radar Love" tornou-se o seu carro chefe.





SHOCKING BLUE


Certamente a mais lembrada da bandas da cena. Iniciaram como um quarteto masculino e gravaram apenas um disco nesta formação. Em seguida, após recrutarem a cigana Mariska Veres como sua crooner, a carreira da banda deslanchou! "Venus", "Send Me A Postcard", "Waterloo" e "Love Buzz" (a mesma que o Nirvana regravou) são apenas alguns de seus inúmeros hits. Infelizmente, em 2006, Mariska Veres passou para o outro lado, mas legou sua influência a tantas outras cantoras que o rock haveria de produzir nos anos seguintes.





GEORGE BAKER SELECTION


Quem assistiu o filme "Cães de Aluguel", de Quentin Tarantino, certamente se lembrará da música de abertura em que todos os personagens eram apresentados. Era "Little Green Bag", cantada por Johannes Bouwens, ou simplesmente George Baker, que também emplacou no começo dos '70 pérolas kitch do sunshine pop como "Una Paloma Blanca" e "Fly Away Little Paraguayo".


THE HUNTERS

Eis a banda onde o guitarrista Jan Akkerman (Focus) começou suas atividades. Aliás, alguém se lembra que ele já veio tocar em Cuiabá?! É uma pena que a divulgação pífia e a curadoria precária das bandas para abertura de seu show, tenham contribuído para seu esquecimento entre nós. Uma lástima, já que se trata de história viva do rock.


Outros nomes que também não poderíamos deixar de citar são: The Motions, Ro-d-ys, Bumble Bees, The Shoes, Les Baroques e Cuby & the Blizzards, entre tantos outros grandes; mas que por conta do espaço de hoje, ainda aparecerão em uma outra edição da coluna do Max.

Por hoje é isso, caríssimos. Semana que vem tem mais. Um grande abraço a todos e até lá!

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Artigo originalmente publicado no Jornal Folha do Estado, Cuiabá-MT, domingo, 09/05/2010.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

THE VARUKERS, UK82, D-Beat etc




Esse tal de UK82 foi uma cena bastante curiosa que aconteceu no punk britânico no começo dos anos 80, uma época em que muitos dos pioneiros do gênero descambavam para a new wave e outras tantas linhas sonoras e culturais. O nome em si vem do título de uma música da banda escocesa The Exploited (a mesma que em 1993 foi regravada por Slayer e Ice T) e também diz respeito a uma época complicada na história recente do Reino Unido, quando muitos jovens foram enviados para matar e morrer na Guerra das Malvinas (disso trata o disco "Let's Start A War" do Exploited). Uma das características principais desse estilo foram a sonoridade mais agressiva, bastante influenciada pela nova geração britânica do metal, principalmente Motörhead, e o teor de suas letras que atacavam escancaradamente monstros como o holocausto nuclear, a guerra, os políticos, o desemprego etc. Seus principais nomes foram/são: The Exploited, GBH, Chaos UK, Broken Bones, Discharge, Anti-Nowhere League, English Dogs, The Blitz, Doom, The Partisans, Vice Squad, Abrasive Wheels, One Way System, The Violators, Disorder, Dogsflesh, e, é claro, The Varukers.
O mais interessante é que quase todas essas bandas continuam na ativa até hoje. Tudo bem que não contam mais com suas formações originais, já que a rotatividade de integrantes é uma constante, ainda mais quando pertencem a uma mesma cena. Logo, hoje em dia, a maior parte desses grupos contam geralmente com apenas um membro-fundador, ou em alguns casos, como o Discharge e o Napalm Death, nenhum integrante original, somente uma tradição sonora preservada por músicos de outras gerações.
O The Varukers, banda da cena que se encontra em tour pelo Brasil, é um belo exemplo pois mesmo tendo apenas o vocalista Rat, da sua fundação, mantém-se fiel às suas raízes de 30 anos atrás. Tiveram uma estrada intensa de 1980 a 1988, quando se separaram pela primeira vez. Cinco anos mais tarde Rat reformulou a banda, desta vez com o apoio de integrantes do Discharge (da qual Rat faz parte) e do Chaos UK. Por outras duas vezes vieram ao Brasil: 1999 e 2003. Sem frescuras, tocam onde são chamados, tanto é que foi uma das bandas gringas que mais circulou o interior do país.


Varukers no Centro-Oeste

VARUKERS em BRASILIA - foto: The Cave


Sua escala no centro-oeste deu-se em Brasilia, no último dia 17, com um show impecável no Porão do Conic. Foram muito bem recebidos pelo público e pelas três bandas bandas de abertura. A primeira, chamada Murro No Olho, tocava uma vertente mais pesada e rápida de hardcore europeu, merecia destaque pela baixista Amanda, uma única lady entre tantos marmanjos que rufava a casa com o som de seu instrumento. A segunda, Possuídos Pelo Cão, esmerilhava a casa com um crossover da melhor qualidade, fortemente influenciado por Discharge, DRI e MDC. A terceira, Os Maltrapilhos, punham mais lenha na fogueira para um show que ainda daria muito pano para as mangas, tocaram seu punk rock tradicional e contaram com um público fiel que cantava todas suas músicas (eles inclusive já tocaram em nossa amada Cuiabá).
E os Varukers então sobem ao palco. Apesar de o baixista Marvin não ter podido tocar nesta tour, quem segurou direitinho as pontas foi o brasileiro Fralda (ex-BlindPigs, RDP e Forgotten Boys, e atual Lobotomia). A platéia se quebrava em pogos, wreckings e slams, enquanto a banda destilava a pauleira em clássicos como "Soldier Boy", "Murder", "I Don't Wanna Be a Victim", entre outros.

Enfim, o que tivemos foi um grande show de uma grande banda, que nos alimenta a esperança de que o rock tem salvação, sim, apesar do insuportável mundinho indie e das inúmeras aberrações coloridas que têm tomado de assalto nossos dias. Os Varukers merecem vir a Cuiabá e o público cuiabano merece conhecer os Varukers, um dia desses, quem sabe.


ThiaGoiás, RAT & Max Merege




Agradecimentos: Mundano Produções e Bianca Bulimia por viabilizarem nosso acesso.



Cedês:

The Squintz - Violent World



Banda da Cena candanga que a cada dia tem se destacado mais pelo Brasil e exterior.
Formada ainda em 2009, após reencontro de dois velhos amigos de infância: Moa (guitarra e voz) e Caio (guitarra e voz); conta ainda com seus "droogs" Hery (baixo) e Sonic (bateria). Mandando ver em um som fortemente influenciado pelo punk inglês dos Adicts, The Clash, Cocksparrer e Buzzcocks, mais uma pitada pesada de mod-revival, que conferem aos Squintz uma pegada forte, típica de quem sabe para que veio. http://www.myspace.com/thesquintz1977



Boobarellas - Desamor


À primeira ouvida pode soar como um misto de punkpink pirulito com hardrock farofa, mas trata-se de um som muito do honesto!
Boobarellas é uma banda paranaense radicada em São Paulo que já pode até debutar, pois são quinze anos tocando e experimentando os altos e baixos de uma carreira. Encabeçada pelo guitarrista Guile Jow, já teve inúmeras formações, mas sempre bucando se aprimorar. Este cedê é uma boa lição para bandinhas de adultos metidos a meninos e grupinhos de crianças choronas, que têm infestado nossa mídia ultimamente. Um disco muito bem dosado em suas seis faixas, que aborda com sinceridade temas ligados à vida comum e à idéia de se fazer o que realmente gosta. http://www.myspace.com/boobarellas


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Artigo originalmente publicado no Jornal Folha do Estado, Cuiabá-MT, domingo, 25/04/2010.