quarta-feira, 14 de abril de 2010

ABBA



Na história do pop ocidental, inúmeros lançaram maravilhosas pérolas sonoras, mas poucos atingiram a perfeição absoluta, ainda mais se tratando de uma trupe que gravava sua músicas em uma língua que sequer era a sua língua materna. Pois bem, estou falando do ABBA, o maior nome do pop escandinavo!
Apesar de serem um ícone dos anos 70, e erroneamente associada à disco music, sua história data da década de 60, já que seus quatro integrantes eram egressos da cena mod sueca e contavam com um vasto material pregresso gravado.
Dos meninos, Benny Anderson, o tecladista, fazia parte da banda The HepStars, cuja especialidade era combinar o mod de caras como The Who e Kinks com Phil spector e muita psicodelia; Björn Ulvaeus era guitarrista e cantava em uma banda de folk rock chamada The Hootenanny Singers, até entrar para os HepStars em seus últimos anos.
Das meninas, Frida Lyngstadt, a ruiva carismática, na verdade era natural da Noroega, filha do romance de uma camponesa com um sargento do exército alemão, lançara-se cedo na canção e aos 13 já era uma voz bastante conhecida pela Suécia, mas o sucesso só viria mesmo em 1967 ao aparecer em cadeia nacional de televisão. Agnetha Faltskog, a loirinha "batateira", também começara muito cedo e aos 17 anos já tinha até disco gravado.
Um quinto membro era o visionário produtor Stig Anderson que, além de ser o grande elo de ligação entre todos, foi um brilhante estrategista que fez com que o ABBA devorasse o mundo pelas "beiradas"; isto é, nada de ter que fazer tour pelos EUA e correr todas as rádios para divulgar seu trabalho, mas ganhar a Europa, o Japão e, principalmente, a Austrália.
Em 1970, a dupla Benny e Björn juntou-se para gravar o álbum "Lycka" que, curiosamente, contava com o apoio vocal de suas noivas: Frida e Agnetha. A experiência deu certo e logo em seguida fizeram dois discos com o nome de "Björn & Benny, Agnetha & Anni-Frid", o que logo mais passaria a se chamar ABBA, uma sigla para Agnetha, Björn, Benny e Anni-Frida.
Em 1974, no esteio da onda glam, lançam-se no Eurovision Song Contest, que ocorria na Inglaterra, com a música "Waterloo". Sim, o ABBA vencia aquele festival, mas seus singles posteriores não conseguiam se sair muito bem nas vendagens. Entretanto, foi somente no ano seguinte, após fazerem o disco Frida Ensam que conseguiram realmente emplacar nas paradas, pois saía o disco ABBA, com hits como "Mamma Mia", "I Do, I Do, I Do, I Do, I Do", "SOS", "Bang-A-Boomerang" e "Rock Me".
Em 1976 foi a vez do álbum "Arrival", contendo os sucessos "Money, Money, Money", "Knowing Me, Knowing You" e um presente para a Rainha Silvia, "Dancing Queen". Em 1977 repetiam a dose com The Album, o qual vinha com os hits "The Name Of The Game", "Take A Chance On Me", e "Thank You For The Music".
Durante os dois últimos anos da década, o ABBA gozava do status de mega stars e outros grandes sucessos vinham. "Summer Night City", "Chiquitita", "Does Your Mother Know", "Voulez-Vous", "I Have A Dream" e "Gimme! Gimme! Gimme! (A Man After Midnight)". Isso rendeu-lhes uma bela turnê pelos Estados Unidos e Canadá, lotando estádios e tudo mais, e só no Reino Unido, seguiam firmemente emplacados nas paradas havia quatro anos já, perdendo apenas para os Beatles. A decada se encerrava e até 1979, 150.000.000 de discos do ABBA tinham circulado pelas lojas de todo o planeta.
No começo da década de 80, os casamentos começam a ruir e o ABBA, como um grupo, dá seu último suspiro com o disco "Super Trooper". A banda acabou, mas todos continuaram suas carreiras separadamente, e com muito êxito.
Benny e Björn, até hoje são melhores amigos e mantém a parceria, tendo inclusive aparecido no filme "Mamma Mia", uma bela adaptação para as canções do ABBA sob a forma de dramaturgia. Aliás, no lançamento desse filme, Frida e Agnetha se encontraram com Merryl Strip e fizeram uma breve dancinha para delírio do público.
Se você quer ver mais sobre o ABBA, acesse o site: http://colunasdomax.blogspot.com